A GRANDE CRISE


Jesus volta para convidar-nos à compaixão.

Se não puderdes perdoar, pelo menos, desculpai aqueles que vos ferem, que vos magoam, e se não tiverdes forças para desculpar, pelo menos, permiti que a compaixão aloje-se nas paisagens tristes dos vossos sentimentos magoados.

A grande crise moral da sociedade anuncia a era nova.

Buscai ouvir, e escutareis em toda parte a musicalidade diferente de um mundo novo; fazei silêncio interior, e ouvireis a sinfonia dos astros.

Tende a coragem, pois, de amar, em qualquer circunstância, por que se amardes somente àqueles que vos amam, mais não fazeis do que retribuir, no entanto, se fordes capazes de amar a quem vos alveja com os petardes terríveis da ingratidão, da ofensa, da perseguição gratuita, vosso nome será escrito no livro do reino dos céus e uma alegria inefável tomará conta de vossos corações preenchendo o vazio existencial.

Filhos e filhas da alma!

Vossos guias espirituais acercam-se-vos, e em torno dos vossos pensamentos enviam mensagens de paz para diminuir a agressividade e a violência.

Tornai-vos pacíficos no lar, no relacionamento, nas parcerias, no trabalho, na rua, no clube... Onde estiverdes mantende a paz, sendo pacíficos para vos transformardes em pacificadores.

O mundo é o que dele têm feito os seus habitantes, mas, crede em mim, nunca houve tanto amor na Terra como hoje.

A violência e a exaltação do crime ganham manchetes, vendem na grande mídia alucinando as vidas, mas nos alicerces da sociedade o amor é o paradigma que nutre as existências de milhões de mães e pais anônimos, assim como de filhos abnegados e estóicos que compreendem os mártires e os companheiros abnegados.

Não vos envergonheis de amar!

Na época da tirania o vosso amor é semelhante à terra que, exultante, arrebenta-se em flores como gratidão a Deus.

Sois as divinas flores da humanidade agradecendo a Deus a presença de Cristo Jesus na Terra.

Ide, ide em paz! Amai de tal forma que uma dor imensa de compaixão expresse o vosso amor para a vossa plenitude.

É a mensagem dos Espíritos-espíritas que aqui estamos convosco nesse dia dedicado à gratidão em nome do amor de Jesus-Cristo pelas suas ovelhas.

Muita paz, meus filhos!

Que o Senhor de bênçãos vos abençoe e permaneça Ele conosco hoje, amanhã e sempre.

São os votos do companheiro paternal e humilde de sempre,

Bezerra

(Mensagem psicofônica através do médium Divaldo Pereira Franco, ao encerramento da sua conferência na Creche Amélia Rodrigues, na noite de 30 de setembro de 2012, em Santo André, (SP).

Deus não tem pressa

Deus não tem pressa; 
apressados são os homens, que sempre querem colocar o carro na frente dos bois.
Não temos paciência de esperar que as coisas se acertem por si mesmas.
O Criador não teve pressa para criar o nosso Mundo, o Universo... 
caso contrário, ele não seria perfeito como é.
Se tivéssemos sido feitos apressadamente, nosso corpo não seria a máquina perfeita que ela é.
Já nosso Espírito... 
nasceu simples e ignorante e cabe a cada um de nós trabalhar para torná-lo perfeito.
Mas sem pressa...
Pressa pra quê?
Cada dia aprendemos uma lição e a colocamos em prática.
Dia após dia, ano após ano, vida após vida, vamos nos tornando Espíritos cada vez melhores.
Sem pressa, assim como nosso Criador, porque a pressa é inimiga da perfeição.

Anne Marie Lanatois

Vamos votar no Chico!





Chico Xavier é um dos três finalistas do programa do SBT, 
"O maior brasileiro de todos os tempos"!
Vamos votar em massa, pessoal...

Inspiração do poeta




Conta-se que, num dia qualquer, o compositor Almir Sater estava em São Paulo para uma temporada.
Em certo momento, desceu do seu apartamento para tomar um cafezinho num mercado ali perto.
Encontrou um amigo, que o convidou para experimentar uma viola que acabara de comprar.
Enquanto tomavam café, Almir dedilhou a viola e soltou a voz:
Ando devagar... ao que o amigo emendou... porque já tive pressa.
Dizem que essa maravilha chamada Tocando em frente, ficou pronta em dez minutos.
Um dia, alguém perguntou ao Almir como essa música fora feita e ele respondeu: Ela estava pronta. Deus apenas esperou que eu e o Renato nos encontrássemos para mostrá-la para nós.
Será verdade ou será mais uma dessas lendas que se inventam, a respeito de pessoas célebres e suas produções?
Lenda ou verdade, não importa.
O que sabemos é que a inspiração existe e disso entendem muito bem os gênios de todos os matizes.
E a letra e música de Tocando em frente são uma joia rara.
Convidam-nos a parar em meio à correria, a viver com mais vagar, como a saborear cada momento.
Também nos recordam que, na vida, lágrimas e sorrisos se sucedem.
Assim dizem os versos:
Ando devagar porque já tive pressa.
E levo esse sorriso, porque já chorei demais.                                        
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe...
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei...
Há tanto para aprender.
E quantos cremos ser superiores, por entendermos disso ou daquilo.
E, contudo, quem verdadeiramente se dedica a aprender, descobre que quanto mais aprende, mais há a ser pesquisado, descoberto.
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs.
O planeta Terra é o grande laboratório Divino em que provamos a dor, a alegria. Em que nos extasiamos ante a manhã que se espreguiça e nos encantamos com a riqueza das pessoas.
Cada uma com seu talento especial, sua forma de ser, de agir em nossas vidas.
E, neste planeta de provas e expiações, com quantas delícias nos agracia Deus. Sabores de frutas, consistências inúmeras.
É preciso tudo provar. Aprender a degustar, reconhecendo o sabor de cada fruta, do trigo transformado em pão, do grão triturado, moído, servido com aroma de café.
Mas é preciso o amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir, continua cantando o inspirado poeta.
Sim, o amor nos é imprescindível porque fomos criados e somos mantidos pelo amor de Deus, trazendo essa essência Divina em nossa intimidade.
E somente sorri, num mundo de tanta perversidade ainda, quem já descobriu o segredo da vida na Terra, que se chama oportunidade e progresso.
Por isso, cada um de nós compõe a sua história. E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz.
E, como todo mundo ama, todo mundo chora, não esqueçamos que um dia a gente chega, no outro vai embora.
A vida é transitória. Aproveitemo-la, ao máximo, vivendo com a família, os amigos. Produzindo na sociedade, deixando nossas marcas de luz para, como alguém já falou, quem venha atrás, possa dizer: Por aqui passou um ser iluminado. Uma estrela...

Fonte: Momento Espírita.

O Maior Brasileiro de Todos os Tempos: Chico Xavier entre os finalistas



Chico Xavier está entre os 12 finalistas do concurso O Maior Brasileiro de Todos os Tempos, promovido pelo SBT. Diversos países já apontaram os seus maiores representantes. Na Inglaterra, Winston Churchill. Na Itália, Leonardo da Vinci. Nelson Mandela na África do Sul. 

E agora, no Brasil, 12 nomes se destacam no programa, entre eles o do médium mineiro. 

A votação segue por 13 semanas, sendo o voto do público que decide quem continua na disputa. 

Para deixar o seu voto acesse: www.sbt.com.br/omaiorbrasileiro/

TVCEI entra na NET




A partir do dia 22 de agosto de 2012 o conteúdo da TVCEI estará disponível na NET, a maior TV por assinatura do Brasil, através do sistema de Video On Demand.

O NET NOW, como é chamado o serviço de Vídeo On Demand da NET, oferece conteúdo audiovisual aos assinantes dos pacotes HD da operadora.

Agora, todos os assinantes da NET HD poderão assistir às grandes produções audiovisuais espíritas da TVCEI.

Já estão disponíveis os seguintes títulos:

- Documentário Nosso Lar
- Vozes do Grande Além - Alcoólatra
- Vozes do Grande Além - Ato de Caridade
- Sexualidade - Alberto Almeida
- Reencarnação e Terapias Regressivas
- Mundo Além 3
- Doutrina Espírita para Principiantes 1
- Doutrina Espírita para Principiantes 2
- Doutrina Espírita para Principiantes 3
- Doutrina Espírita para Principiantes 4

Para ter acesso ao conteúdo espírita, o assinante NET HD deve entrar no canal 1 (NETNOW), clicar na opção NOW Grátis e, em seguida, no item Espiritualidade.


Fonte: TV CEI

E a Vida Continua... trailer oficial




Quando o carro da bela e jovem Evelina (Amanda Costa) quebra na estrada, ela não faz ideia de como seus caminhos serão profundamente alterados para sempre. Socorrida pelo gentil Ernesto (Luiz Baccelli), Evelina logo fica sabendo que tanto ele como ela estão indo exatamente para o mesmo hotel.

Coincidência? Talvez, mas Ernesto não acredita em coincidências.

Imediatamente eles desenvolvem uma amizade tão sólida que persistirá quando ambos passam para o outro plano. Será ali, do outro lado da vida, que Evelina e Ernesto enfrentarão enormes dificuldades e desafios, onde não faltarão surpresas e surpreendentes revelações?

O filme é baseado no best-seller espírita "E a Vida Continua", escrito em 1968 pelo espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier. Trata-se do 13º e último livro da série "A Vida no Mundo Espiritual".


14 de setembro - nos cinemas

O PODER DA FÉ




(...) um homem se aproximou de Jesus e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. – Jesus respondeu, dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. – E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. – Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? – Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. Mateus, 17:14-20
O Evangelho Segundo o Espiritismo, no Cap. XIX, itens 1 a 5, nos fala sobre a cura de um menino lunático por Jesus; o pai da criança conta que os discípulos não foram capazes de curá-lo e Jesus os repreende e lhes explica que não foram capazes de curá-lo por causa da sua incredulidade e lhes mostra que se a sua fé fosse do tamanho de um grão de mostarda, não só seriam capazes de curar, mas também de dizer à montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada lhes seria impossível.
O exemplo que Jesus usa – o grão de mostarda, que é o menor grão que existe, significa que não é necessária uma fé muito grande para transportar uma montanha.
As montanhas de que Jesus fala aos discípulos são as dificuldades, as tribulações que todos nós suportamos, independentemente da nossa posição social.
A fé de que Jesus nos fala é a capaz de vencer os obstáculos, as dificuldades; é a fé robusta, que nos dá a perseverança e a energia para seguir em frente em direção de nossos objetivos, sejam eles quais forem, não importa o tempo que levar. 

MORADA DOS BEM-AVENTURADOS


Falemos das últimas espirais da glória, habitadas pelos Espíritos puros. Ninguém as atinge antes de haver atravessado os ciclos dos Espíritos errantes. Júpiter está no mais alto grau da escala. Quando um Espírito, longamente purificado por sua estada nesse planeta, é julgado digno da suprema felicidade, é disso advertido por um redobramento de ardor; um fogo sutil anima todas as partes delicadas de sua inteligência, que parece irradiar e tornar-se visível; deslumbrante, transfigurado, ele clareia a luz que parecia tão radiosa aos olhos dos habitantes de Júpiter; seus irmãos reconhecem o eleito do Senhor e, trêmulos, ajoelham-se ante a sua vontade. Entretanto, o Espírito escolhido eleva-se, e os céus, na sua suprema harmonia, lhe revelam belezas indescritíveis.

À medida que sobe, compreende, não mais como na erraticidade, não mais vendo o conjunto das coisas criadas, como em Júpiter, mas abarcando o infinito. Sua inteligência transfigurada eleva-se como uma flecha até Deus, sem tremor e sem terror, como num foco imenso alimentado por mil objetos diversos. O amor, nesses diversos Espíritos, reveste a cor de sua personalidade; eles se reconhecem e se regozijam. Refletidas, suas virtudes repercutem, por assim dizer, as delícias da visão de Deus e aumentam incessantemente com a felicidade de cada eleito. Mar de amor que cada afluente aumenta, essas forças puras não ficam mais inativas que as forças de outras esferas. Logo investidos do dom da ubiqüidade, abrangem ao mesmo tempo os detalhes infinitos da vida humana, desde a sua eclosão até as últimas etapas. Irresistível como a luz, sua vista penetra por toda parte simultaneamente e, ativos como a força que os move, espalham a vontade do Senhor. Como de uma urna cheia escapa a onda benfazeja, sua bondade universal aquece os mundos e confunde o mal.

Esses diversos intérpretes têm como ministros de seu poder os Espíritos já depurados. Assim, tudo se eleva, tudo se aperfeiçoa e a caridade irradia sobre os mundos, que alimenta em seu seio poderoso.

Os Espíritos puros têm como atributo a posse de tudo quanto é bom e verdadeiro, porque possuem o próprio princípio, que é Deus. O próprio pensamento humano limita tudo que abrange e não admite o infinito, que a felicidade não limita. Depois de Deus, que pode haver? Deus ainda, sempre Deus. O viajante vê os horizontes se sucederem aos horizontes e um é apenas começo de outro; assim, o infinito se desdobra incessantemente. A maior alegria dos Espíritos puros é precisamente essa extensão tão profunda quanto a própria eternidade.

Do mesmo modo que não se descreve uma graça, uma chama e um raio, não posso descrever os Espíritos puros. Mais vivos, mais belos e mais resplandecentes que as mais etéreas imagens, uma palavra resume seu ser, seu poder e seus prazeres: Amor! Preenchei com esta palavra o espaço que separa a Terra do Céu, e ainda não tereis senão a idéia de uma gota de água no mar. Por mais grosseiro que seja, só o amor terrestre pode vos dar idéia de sua divina realidade.

Espírito: Georges
Médium: Sra . Costel
Fonte: Revista Espírita - Outubro de 1860

O FUTURO



O Espiritismo é a ciência de toda a luz; feliz da sociedade que o puser em prática! Somente então a idade de ouro, ou, melhor, a era do pensamento reinará entre vós. E não penseis que por isto tereis menos compensações terrenas; muito ao contrário, tudo será felicidade para vós, porque nesse tempo a luz vos fará ver a verdade sob um clarão mais agradável. O que os homens ensinarão não será mais essa ciência capciosa, que vos faz ver, sob a máscara enganadora do bem geral, ou de um bem por vir, no qual, muitas vezes, os próprios mestres não têm nenhuma confiança, a mentira e a cupidez, a vontade de tudo ter, em proveito de uma seita e, algumas vezes até, em proveito de um só. Por certo os homens não serão perfeitos; mas, então, o falso será tão restrito, os maus terão tão pouca influência, que serão felizes na sua minoridade. Nesses tempos, os homens compreenderão o trabalho e todos alcançarão a riqueza, porque não desejarão o supérfluo senão para fazer grandes obras em proveito de todos. O amor, esta palavra tão divina, não mais terá a acepção impura que lhe atribuís. Todo sentimento pessoal desaparecerá, ante esse ensinamento tão suave, contido nestas palavras do Cristo: Amai-vos uns aos outros, como a vós mesmos.

Chegados a esta crença, todos sereis médiuns; desaparecerão todos os vícios que degradam vossa sociedade; tudo se tornará luz e verdade. O egoísmo, este verme roedor e retardador do progresso, que asfixia todo sentimento fraterno, não terá mais domínio sobre as vossas almas; vossas ações não mais terão por móvel a cupidez e a luxúria; amareis vossa mulher, porque ela terá uma alma boa e vos quererá, em vós divisando o homem escolhido por Deus, para proteger sua fraqueza; ambos vos auxiliareis a suportar as provas terrenas e sereis os instrumentos votados à propagação de seres destinados a melhorar-se, a progredir, a fim de chegarem a mundos melhores, onde, por um trabalho mais inteligente ainda, havereis de alcançar o nosso supremo benfeitor.

Ide, espíritas! Perseverai; fazei o bem pelo bem; desprezai suavemente os gracejadores; lembrai-vos de que tudo é harmonia em a Natureza, que a harmonia está nos mundos superiores e que, malgrado certos Espíritos fortes, tereis também a vossa harmonia relativa.

São Luís

Fonte: Revista Espírita - Agosto de 1860

A Ovelha Perdida



Jesus, 

suas mensagens que enternecem nossos corações nos atraem como o fluxo gravitacional de um planeta onde giram em torno de si todas as experiências humanas, aos quais devemos seguir como exemplo. Não por causa do sofrimento que passou, mas pela certeza da felicidade que se sente ao aplica-la a todos.

À semelhança de ovelhas perdidas, assim somos todos nós... inconscientes de nossa própria realidade espiritual, vagamos pela doce vontade dos prazeres, e seguimos por intermédio de alguém que nos conduz. Assim vamos sem saber ao certo o porquê, seguindo esta doce presença, que sempre nos levará aos pastos mais verdes e altos para nos alimentarmos.

Jesus é o pastor, e ele nos leva ao alimento espiritual, para que fartemo-nos da verdade. Ele sempre vai nos buscar, mesmo que estejamos perdidos pela própria irracionalidade de nosso ser, e ali estará, esperando que sejamos mansos e pacíficos, os seus bem aventurados.

Parábola do semeador


Naquele mesmo dia, tendo saído de casa, Jesus sentou-se à borda do mar; em torno dele logo reuniu-se grande multidão de gente; pelo que entrou numa barca, onde sentou-se, permanecendo na margem todo o povo. Disse então muitas coisas por parábolas, falando-lhes assim: 

Aquele que semeia saiu a semear; e, semeando, uma parte da semente caiu ao longo do caminho e os pássaros do céu vieram e a comeram. 

Outra parte caiu em lugares pedregosos onde não havia muita terra; as sementes logo brotaram, porque carecia de profundidade a terra onde haviam caído. Mas, levantando-se, o Sol as queimou e, como não tinham raízes, secaram. 

Outra parte caiu entre espinheiros e estes, crescendo, as abafaram. 

Outra, finalmente, caiu em terra boa e produziu frutos, dando algumas sementes cem por um, outras sessenta e outras trinta. 

Ouça quem tem ouvidos de ouvir. Mateus, 13:1-9 

Escutai, pois, vós outros, a parábola do semeador. 

 
Antes de entrar no tema, precisamos entender o significado da palavra parábola. 

Parábola é uma narrativa alegórica, curta, na qual as personagens são seres humanos e encerra um fundo moral e instrutivo. 

Jesus evangelizava as pessoas através de parábolas, usando as coisas mais simples do dia-a-dia para transmitir seus ensinamentos espirituais, que nem todos compreendiam; por isso Ele dizia: Ouça quem tem ouvidos de ouvir

Jesus sabia que a sua mensagem seria entendida apenas pelos homens de boa vontade, com as almas já preparadas para receber a Revelação Divina. 

Na parábola, Jesus fala sobre um semeador, um trabalhador do campo cujo trabalho é semear, lançar as sementes sobre o terreno preparado para a semeadura. 

Naquela época não existiam máquinas para esse trabalho. 

A afabilidade e a doçura



No Sermão do Monte, Jesus disse: 

Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra. 

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus.



O tema A afabilidade e a doçura faz parte do capítulo IX, item 6, do Evangelho Segundo o Espiritismo.

Quando Jesus disse bem-aventurados os mansos, Ele estabeleceu como lei a afabilidade, a doçura, a moderação, a brandura e a paciência; todas são qualidades daqueles que praticam o bem e obedecem as leis de Amor e Caridade. 

Jesus nos prometeu que a Justiça será feita assim na Terra como no Céu; nela não haverá mais lugar para o egoísmo, para o uso da força e da violência; o fraco e o pacífico não serão mais explorados pelos fortes e violentos; estes serão afastados de nosso convívio e perderão o direito de viver na Terra, transformada em um mundo novo, regenerado. Os brandos herdarão a Terra porque cultivaram os valores do Espírito, enquanto os violentos deverão renascer em planetas menos evoluídos e ali recomeçar a luta em condições iguais às atuais. 

Quando Jesus traça como regra de vida a afabilidade e a doçura, estas duas qualidades abrangem outras, como a paciência, a tolerância, a obediência e a resignação. Essas são as qualidades das almas nobres, dos homens bons. 

Anencéfalos


Nada no Universo ocorre como fenômeno caótico, resultado de alguma desordem que nele predomine. O que parece casual, destrutivo, é sempre efeito de uma programação transcendente, que objetiva a ordem, a harmonia.

De igual maneira, nos destinos humanos sempre vige a Lei de Causa e Efeito, como responsável legítima por todas as ocorrências, por mais diversificadas apresentem-se.

O Espírito progride através das experiências que lhe facultam desenvolver o conhecimento intelectual enquanto lapida as impurezas morais primitivas, transformando-as em emoções relevantes e libertadoras.

Agindo sob o impacto das tendências que nele jazem, fruto que são de vivências anteriores, elabora, inconscientemente, o programa a que se deve submeter na sucessão do tempo futuro.

Harmonia emocional, equilíbrio mental, saúde orgânica ou o seu inverso, em forma de transtornos de vária denominação, fazem-se ocorrência natural dessa elaborada e transata proposta evolutiva.

Todos experimentam, inevitavelmente, as consequências dos seus pensamentos, que são responsáveis pelas suas manifestações verbais e realizações exteriores.

Sentindo, intimamente, a presença de Deus, a convivência social e as imposições educacionais, criam condicionamentos que, infelizmente, em incontáveis indivíduos dão lugar às dúvidas atrozes em torno da sua origem espiritual, da sua imortalidade.

Mesmo quando se vincula a alguma doutrina religiosa, com as exceções compreensíveis, o comportamento moral permanece materialista, utilitarista, atado às paixões defluentes do egotismo.

Não fosse assim, e decerto, muitos benefícios adviriam da convicção espiritual, que sempre define as condutas saudáveis, por constituírem motivos de elevação, defluentes do dever e da razão.

Na falta desse equilíbrio, adota-se atitude de rebeldia, quando não se encontra satisfeito com a sucessão dos acontecimentos tidos como frustrantes, perturbadores, infelizes...

As profissões de minha mãe





Minha mãe foi, com certeza, a mulher que mais profissões exerceu em toda sua longa vida, sem ter sequer concluído o curso fundamental.

Tudo que ela aprendeu foi nas primeiras quatro séries que cursou, quando criança. Contudo, era de uma sabedoria sem par.

Descobri que minha mãe era uma decoradora de grandes qualidades, à medida que eu crescia e observava que ela sempre tinha um local no melhor móvel da casa, para as pequenas coisas que fazíamos na escola, meu irmão e eu.

Em nossa casa, nunca faltou espaço para colocar os quadrinhos, os desenhos, os nossos ensaios de escultura em barro tosco.

Tudo, tudo ganhava um espaço privilegiado. E tudo ficava lindo, no lugar que ela colocava.

Descobri que minha mãe era uma diplomata, formada na melhor escola do mundo (nosso lar), todas as vezes que ela resolvia os pequenos conflitos entre meu irmão e eu.

Superioridade da natureza de Jesus






Sem nada prejulgar quanto à natureza do Cristo, considerando-o apenas um Espírito superior, não podemos deixar de reconhecê-lo um dos de ordem mais elevada e colocado, por suas virtudes, muitíssimo acima da humanidade terrestre. 

Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento de seus desígnios. 

Como homem, tinha a organização dos seres carnais; porém, como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida corporal, de cujas fraquezas não era passível. A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres (GE, cap. XIV, n. 9). Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis. 

Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns. O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa forca magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem. 

Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. 

Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus. 


Fonte: A Gênese, de Allan Kardec, Cap. XV, item 2

Mãe e Filho


Malbaratando o livre arbítrio, o Homem se submete à Lei de Causa e Efeito, debatendo-se no cipoal de suas erigidas provações.

Sofre e pretende libertar-se.

A benção do tempo lhe traz o descortinamento do entendimento, que lhe estivera, até então, cerrado.

Embora caminhando com dificuldade, an­seia por luz e paz.

Roga, em lágrimas, renovada oportunidade de redenção.

A Divina Mercê, então, dá-lhe o instrumental adequado para que o Espírito se vitorie sobre si mesmo; não na conquista do mundo, mas a conquista no mundo.

Mundo interior, bem se vê.

Já que o calceta implora por remissão, surge-lhe no programa, por afinidade, a figura venerável da Mãe.

Pela Lei de Amor, mãe e filho vão se acoplando numa só carne, porque são dois em um, em termos de vibração.

Compreender essa sintonia, expressão de Divina Sinfonia, é to­car-se do amor de Deus em nós.

***

Mãe! Título sacrossanto que até nos reinos inferiores da natureza se venera.

Mãe! Oportunidade abençoada de poucos Espíritos escolhidos.

Mãe! estado de êxtase em que o Mulher se deifica.

Por isso, filho:

Observa com amor-respeito tua mãe, refletindo que ela, por amor a ti, renunciou-se o si mesma, para se te dar em total, incondicional entrega, a fim de que evoluas, vencedor.

Tua vitória será a dela.

***

Recordemos a sintonia divinal entre Maria-Mãe e Jesus-Filho.

Na somatização de Suas vibrações, Ela tornou-se o veículo a fim de que Ele pudesse tornar à Terra para a iluminação das consciências dos seus habitantes.

***

Estejas tu obsequiada pela benção de seres mãe ou vinculada à oportunidade indescritível de seres filho, medita profundamente na Bondade Paternal Suprema e aproveita para te banhares de amor-respeito à Vida, à tua vida, nela te conduzindo por vivência rumante ao progresso. Porque, mãe ou filho, é veículo de paz.

Maria Angélica
Médium: Reynaldo Leite
Livro: Luzeiro

“Mundo Além” estreia na REDETV


Entra no ar, em rede aberta, o programa “Mundo Além”, produzido pela TVCEI. A primeira temporada da série, que contém 24 episódios, já faz parte da grade de programas da REDETV, aos domingos, às 16h15.

O programa, apresentado por Jorge de Almeida, mostra diversos vídeos com temática referente a fenomenologia espírita, entre eles psicografias, psicofonias, pinturas mediúnicas, assim como relembra os melhores momentos do “Pinga Fogo com Chico Xavier”. Possui também um quadro chamado “Além do Cinema” que analisa diversos filmes (O sexto sentido, Amor além da vida, Ghost, Espíritos, E se fosse verdade,dentre outros), comentados pelos médiuns Divaldo Franco e Raul Teixeira.

Este programa é uma realização da Federação Espírita Brasileira (FEB).

Para maiores informações acesse www.mundoalem.com ou envie um email para contato@mundoalem.com

Jesus em casa



O culto do Mestre, em casa,
É novo sol que irradia
A música da alegria
Em santa e bela canção.
É a glória de Deus que vaza
O dom da Graça Divina,
Que regenera e ilumina
O templo do coração.
Ouvida a bênção da prece,
Na sala doce e tranqüila,
A lição do bem cintila
Como um poema a brilhar.
O verbo humano enaltece
A caridade e a esperança,
Tudo é bendita mudança
No plano familiar.
Anula-se a malquerença,
A frase é contente e boa.
Quem guarda ofensas, perdoa
Quem sofre, agradece à cruz.
A maldade escuta e pensa
E o vício da rebeldia
Perde a máscara sombria...
Toda névoa faz-se luz!
Na casa fortalecida
Por semelhante alimento,
Tudo vibra entendimento
Sublime e renovador.
O dever governa a vida
Vozes brandas falam calmas....
É Jesus chamando as almas.
Ao reino do Eterno Amor!
Irene S. Pinto

Fonte: livro Luz no Lar, Diversos Espíritos, Chico Xavier

Porque uma só pessoa perde tantas outras amadas ao mesmo tempo?

* Adaptação de uma resposta de Divaldo Franco a essa pergunta, em uma de suas palestras.

Necessitamos sempre repetir que ninguém perde ninguém. Temos que substituir o verbo “perder”, porque uma pessoa não é um objeto que a gente perde. Não é um chapéu, uma bolsa, um sapato que a gente perde.

(...) Nós espiritas evitamos o verbo “morrer”, porque na sua profundidade significa destruir-se, e como a vida transfere de um lugar para outro, nos usamos o verbo “desencarnar”, perder a roupagem carnal, falecer. Também é perfeitamente natural transferir-se da vida física para a vida espiritual.

Deveremos considerar em principio que a morte não é uma desgraça, já que todos os membros do mesmo clã estão voltando para a casa.

Seria o mesmo que pensar que ao terminarmos um curso universitário e passamos a aplicar no cotidiano as lições da escolaridade, vamos deixar um espaço na universidade, que será preenchido pelos outros que vem após nós.

A sensação de dor para quem fica é perfeitamente natural, pois esta dor gravita em torno do nosso instinto de preservação da vida. O “medo da morte” é nada mais do que o nosso instinto de conservação, oferecendo-nos mecanismos para que não nos deixemos enfraquecer nem debilitar na luta optando pelo suicídio.

A divindade nos equipa, como a todos os animais, desse instinto que é básico, o da preservação da nossa vida...

***

A saudade de alguém que parte é muito natural, e é uma provação para quem fica: acompanhar seres queridos transferindo-se para a imortalidade. Todavia, se considerar que eles continuam vivendo, que estão conosco e podem manter o intercambio, a dor vai se amenizando pela esperança da convivência.

***

Eu tive a oportunidade de psicografar em Uberaba, faz vários anos, a mensagem que mais me impressionou na minha vida.

JESUS E ATUALIDADE




A atualidade do pensamento de Jesus surpreende os mais cépticos estudiosos da problemática humana, sempre complexa e desafiadora, nestes dias.

Profundo conhecedor da psique, Jesus penetrava com segurança nos refolhos do indivíduo e descobria as causas reais das aflições que o inconsciente de cada um procurava escamotear.

Não se permitindo derivativos nem adiamentos, enfrentava as questões com elevado critério de sabedoria, que desnudava as mais intrincadas personalidades psicopatológicas, propondo com rigor a terapia compatível, elucidando quanto à responsabilidade pessoal e eliminando a sombra projetada sob a qual muitos se ocultavam.

Por processos mais demorados, a psicologia profunda chega, no momento, às mesmas conclusões que Ele lograva com facilidade desde há dois mil anos.

Roberto Assagioli, por exemplo, com sua psicossíntese, penetrou nas causas das enfermidades, apoiando-se na realidade “transpessoal” do ser como fator desencadeante das mesmas.

Abraão Maslow descobriu a “psicologia do ser” e abriu espaço para o seu entendimento profundo em relação à psicogênese das enfermidades que deterioram a personalidade do homem.

Groff, relacionando a mente com o cérebro, vai mais além e defronta o ser imortal como agente de inúmeras psicopatologias.

O filho do orgulho



O melindre – filho do orgulho – propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral.

Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.

O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma.

Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser.

Basta ligeira observação para encontrá-la a cada passo:

É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias.

O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.

Divaldo Franco, 65 anos de oratória!


Há 65 anos, exatamente no dia 27 de março de 1947, o médium e orador Divaldo Pereira Franco, realizava sua primeira palestra na cidade de Aracaju, Sergipe.

Hoje Divaldo Franco é um respeitado orador, conhecido tanto no Brasil como no exterior. Ja realizou mais de 13.000 conferências em mais de 2000 cidades em todo o Brasil e em 64 países. Fez 7 conferências na ONU. Recebeu mais de 900 homenagens de instituições culturais, sociais, religiosas, políticas e governamentais. Em 2005 recebeu o título de Embaixador da Paz no Mundo, em Genebra, na Suiça. Ja publicou mais de 200 livros, através de 211 autores espirituais, com mais de 10 milhões de exemplares vendidos. Dessas obras houve cerca de 80 versões para 16 idiomas. A renda proviniente da venda dessas obras, bem como os direitos autorais foram doados, em cartório, à Mansão do Caminho e outras entidades filantrópicas.

Como educador fundou em 1952, na cidade de Salvador, Bahia, a Mansão do Caminho que é um admirável complexo educacional que atende a 3.200 crianças e jovens de famílias de baixa renda. Educou mais de 600 filhos adotivos, hoje emancipados e a maioria com família constituída. Mais de 35.000 crianças e jovens passaram até hoje pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho.

O seu exemplo de perseverança, de fé e de amor é contagiante e convida-nos a prosseguir com alegria ao encontro de Jesus.

Obrigado Divaldo Franco!



Autoria: InteLítera Editora
Texto recebido via e-mail

AVARENTOS





Triste pai desencarnado compareceu na Sala de Auxílio e rogou ao nobre instrutor que presidia costumeira reunião:

- Devotado amigo, tenho ainda na Terra dois filhos, em plena madureza, e suplico autorização a fim de amparar, mais seguidamente, um deles, que me parece à beira de queda iminente.

E, ante a benévola expressão do dignatário sublime, o requerente continuou:

- Ignorante dos princípios de causa e efeito, meu Leocádio ajuntou milhões, fazendo-se proprietário de imensa fortuna. É um sovina desditoso, a movimentar-se entre cofres recheados e assentamentos de banco, preciosidades e jóias. Coração dantes generoso, ressecou-se com o tempo. Nele vejo agora usurário cruel... Em casa, transformou-se em doido varrido. Esqueceu-se de que a esposa lhe merece carinho, de que os filhos, ainda jovens, precisam educação; se reclamam, dá-lhes dinheiro farto para que lhe não perturbem as reflexões aparentemente tranquilas, nas quais se deleita em pesadelos dourados. Não consegue mentalizar outra coisa que não seja fazendas e terras, moedas e cadernetas bancárias. E ao mesmo tempo que mostra prodigalidade exagerada, ao pé da família, fora do ambiente doméstico, não dá tostão a ninguém. É um verdugo dos empregados que o servem, fiscalizando panelas e armários... Nos favores que presta, cobra tributo alto, e, nas compras que realiza, pechincha tudo... Em matéria de fé religiosa, aceita qualquer interpretação, desde que ninguém lhe censure o desvairado apego à finança, que se lhe erige agora no pensamento por ídolo irremovível.

Inquietando-se, diante do silêncio com que era observado, rematou, súplice:

- Juiz amorável, dá-me permissão para seguir, passo a passo, o meu pobre filho que a paixão do dinheiro transfigurou em alienado mental!

Porque o peticionário se interrompesse, chocado pela emoção, perguntou o mentor:

- Se te pronuncias, na condição de pai de dois filhos, é natural que te refiras ao outro.

Mensagem aos Médiuns

Venho exortar a quantos se entregaram na Terra à missão da mediunidade, afirmando-lhes que, ainda em vossa época, esse posto é o da renúncia, da abnegação e dos sacrifícios espontâneos. Faz-se mister que todos os Espíritos, vindas ao planeta com a incumbência de operar nos labores mediúnicos, compreendam a extensão dos seus sagrados deveres para a obtenção do êxito no seu elevado e nobilitante trabalho.
Médiuns! A vossa tarefa deve ser encarada como um santo sacerdócio; a vossa responsabilidade é grande, pela fração de certeza que vos foi outorgada, e muito se pedirá aos que muito receberam. Faz-se, portanto, necessário que busqueis cumprir, com severidade e nobreza, as vossas obrigações, mantendo a vossa consciência serena, se não quiserdes tombar na luta, o que seria crestar com as vossas próprias mãos as flores da esperança numa felicidade superior, que ainda não conseguimos alcançar! Pesai as conseqüências dos vossos mínimos atas, porquanto é preciso renuncieis à própria personalidade, aos desejos e aspirações de ordem material, para 'que a vossa felicidade se concretize.

Filhos: empréstimo divino




Desde o dia em que tu nasceste, eu criei a ilusão dentro de mim, que poderia caminhar por ti.

Imaginei que colocaria teus pés sobre os meus e te levaria pelos caminhos que eu julgasse mais tranquilos e seguros.

Dessa maneira, tu nunca feririas teus pés pisando em espinhos ou em cacos de vidro e jamais te cansarias da caminhada. 

Nem mesmo precisarias decidir qual estrada tomar. 

Isso seria eternamente minha responsabilidade.

E foi assim durante um bom tempo. Caminhei por ti e para ti.

Então, o tempo veio me avisar bruscamente que essa deliciosa tarefa não faria mais parte dos meus dias.

Teus pés cresceram e eu já não conseguia mais equilibrá-los em cima dos meus e, quando eu menos esperava, eles escorregaram e alcançaram o solo.

Hoje sou obrigado a vê-los trilhar caminhos nos quais os meus jamais os levariam e ainda tento detê-los insistentemente, mas só consigo raríssimas vezes.

REENCARNAÇÃO: modo de resolver problemas de outras vidas


Lendo o livro de Hermínio C. Miranda Nossos Filhos são Espíritos, encontrei casos interessantes sobre a reencarnação, nos quais o autor prova que o feto não é uma coisa, como muitos pensam. O feto é gente, como nós; é um Espírito, exatamente como nós; embora no início ele seja um mero ajuntamento das duas ou quatro células, na realidade ele é um espírito adulto e consciente, dotado de todo um acervo de experiências anteriores, vividas em outras existências terrenas. 

Um dos casos relatados no livro do Hermínio, como o que vou transcrever abaixo, explica a razão de abortos espontâneos, demonstrando que, por vezes, é o próprio Espírito quem reluta em aceitar renascer em determinada família, onde entrará em contato com velhos adversários e precisará resolver conflitos antigos que ficaram pendentes. 

Vejamos o caso.

Abraço de filho


Abraço de filho deveria ser receitado por médico.

Há um poder de cura no abraço que ainda desconhecemos.

Abraço cura ódio. Abraço cura ressentimento. Cura cansaço. Cura tristeza.

Quando abraçamos soltamos amarras. Perdemos por instantes as coisas que nos têm feito perder a calma, a paz, a alma...

Quando abraçamos baixamos defesas e permitimos que o outro se aproxime do nosso coração. Os braços se abrem e os corações se aconchegam de uma forma única.

E nada como o abraço de um filho...

Supercultura



“..Graças te rendo, ó Pai, Senhor dos Céus e da Terra, por haveres ocultado estas coisas aos doutos e aos prudentes e por as teres revelado aos simples e pequeninos!” (Mateus, 11: 25)

“Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniqüidade haja transbordado de todos os lados.” (ESE, Cap. VII, item 12)

***

Alfabetizar e instruir sempre. 

Sem escola, a Humanidade se embaraçaria na selva; no entanto, é imperioso lembrar que as maiores calamidades da guerra procedem dos louros da inteligência sem educação espiritual. 

A intelectualidade requintada entretece lauréis à civilização, mas, por si só, não conseguiu, até hoje, frear o poder das trevas. 

A supercultura monumentalizou cidades imponentes e estabeleceu os engenhos que as arrasam. 

O Mistério de Edwin Drood



Charles Dickens estava trabalhando neste livro quando morreu subitamente, em 9 de junho de 1870, aos 58 anos de idade. 

Seu imenso e fiel público leitor ficou desolado, principalmente considerando-se  que O Mistério de Edwin Drood era sua primeira incursão pelo nascente gênero da literatura policial e ele não deixou qualquer roteiro sobre como pretendia encaminhar e concluir a estória. 

Dois anos depois, Dickens retornava, através da mediunidade de Thomas P. James, jovem e inculto médium americano, para finalizar a obra. 

Com olímpica arrogância, os meios literários internacionais simplesmente ignoraram a metade mediúnica do livro, no pressuposto irrecorrível de que, ao escrevê-la, Dickens estava morto e gente morta não pode escrever. Parece, no entanto, que alguém esqueceu de combinar isso com os mortos, que continuam produzindo seus textos como sempre fizeram... Pelo menos, desde que aquela mão invisível traçou, nas paredes de um bíblico salão de festanças, as três palavras que anunciavam o fim do reinado de Baltazar. 

As Publicações Lachâtre assumem a desafiadora atitude de resgatar literalmente do limbo o texto que há cerca de 130 anos vem sendo injustamente considerado maldito. 

Se você, leitor/leitora, ainda guarda alguma reserva e prefere não se comprometer, leia o livro discretamente, como se não soubesse que foi um fantasma que escreveu seu emocionante final.

Obs.: O livro deve ser tão bom, mas tão bom, que está esgotado e nova edição está prevista para ser lançada em março deste ano 2012.

Profissão Amaldiçoada

Como muitos diariamente o faziam, este também chegou à porta e bateu.

— Dá licença?

— Pode entrar.

Era um homem baixinho, idoso, com o guarda-chuva escorrendo água, cabelos grisalhos e cavanha­que ralo no queixo pontudo.

— Queria falar com o senhor.

—  Já lhe atendo. Sente-se. E apontei-lhe uma cadeira ao meu lado.

— Muito obrigado, fico de pé. E ficou, até que nos voltamos para atendê-lo.

— Muito bem, amigo. Pode falar o que deseja.

*

Este é o introito de um dos casos mais impres­sionantes, dos muitos que atendemos em vários anos.

*

— Sou do interior, na margem do Paraná. Tenho uma fazenda muito boa, mas vivo sozinho, porque mi­nha mulher me abandonou. Trabalhei muito e agora, depois de velho, me veio um remorso muito grande e não tenho mais sossego.

Falava de cabeça baixa sem olhar...