Jesus em casa



O culto do Mestre, em casa,
É novo sol que irradia
A música da alegria
Em santa e bela canção.
É a glória de Deus que vaza
O dom da Graça Divina,
Que regenera e ilumina
O templo do coração.
Ouvida a bênção da prece,
Na sala doce e tranqüila,
A lição do bem cintila
Como um poema a brilhar.
O verbo humano enaltece
A caridade e a esperança,
Tudo é bendita mudança
No plano familiar.
Anula-se a malquerença,
A frase é contente e boa.
Quem guarda ofensas, perdoa
Quem sofre, agradece à cruz.
A maldade escuta e pensa
E o vício da rebeldia
Perde a máscara sombria...
Toda névoa faz-se luz!
Na casa fortalecida
Por semelhante alimento,
Tudo vibra entendimento
Sublime e renovador.
O dever governa a vida
Vozes brandas falam calmas....
É Jesus chamando as almas.
Ao reino do Eterno Amor!
Irene S. Pinto

Fonte: livro Luz no Lar, Diversos Espíritos, Chico Xavier

Porque uma só pessoa perde tantas outras amadas ao mesmo tempo?

* Adaptação de uma resposta de Divaldo Franco a essa pergunta, em uma de suas palestras.

Necessitamos sempre repetir que ninguém perde ninguém. Temos que substituir o verbo “perder”, porque uma pessoa não é um objeto que a gente perde. Não é um chapéu, uma bolsa, um sapato que a gente perde.

(...) Nós espiritas evitamos o verbo “morrer”, porque na sua profundidade significa destruir-se, e como a vida transfere de um lugar para outro, nos usamos o verbo “desencarnar”, perder a roupagem carnal, falecer. Também é perfeitamente natural transferir-se da vida física para a vida espiritual.

Deveremos considerar em principio que a morte não é uma desgraça, já que todos os membros do mesmo clã estão voltando para a casa.

Seria o mesmo que pensar que ao terminarmos um curso universitário e passamos a aplicar no cotidiano as lições da escolaridade, vamos deixar um espaço na universidade, que será preenchido pelos outros que vem após nós.

A sensação de dor para quem fica é perfeitamente natural, pois esta dor gravita em torno do nosso instinto de preservação da vida. O “medo da morte” é nada mais do que o nosso instinto de conservação, oferecendo-nos mecanismos para que não nos deixemos enfraquecer nem debilitar na luta optando pelo suicídio.

A divindade nos equipa, como a todos os animais, desse instinto que é básico, o da preservação da nossa vida...

***

A saudade de alguém que parte é muito natural, e é uma provação para quem fica: acompanhar seres queridos transferindo-se para a imortalidade. Todavia, se considerar que eles continuam vivendo, que estão conosco e podem manter o intercambio, a dor vai se amenizando pela esperança da convivência.

***

Eu tive a oportunidade de psicografar em Uberaba, faz vários anos, a mensagem que mais me impressionou na minha vida.

JESUS E ATUALIDADE




A atualidade do pensamento de Jesus surpreende os mais cépticos estudiosos da problemática humana, sempre complexa e desafiadora, nestes dias.

Profundo conhecedor da psique, Jesus penetrava com segurança nos refolhos do indivíduo e descobria as causas reais das aflições que o inconsciente de cada um procurava escamotear.

Não se permitindo derivativos nem adiamentos, enfrentava as questões com elevado critério de sabedoria, que desnudava as mais intrincadas personalidades psicopatológicas, propondo com rigor a terapia compatível, elucidando quanto à responsabilidade pessoal e eliminando a sombra projetada sob a qual muitos se ocultavam.

Por processos mais demorados, a psicologia profunda chega, no momento, às mesmas conclusões que Ele lograva com facilidade desde há dois mil anos.

Roberto Assagioli, por exemplo, com sua psicossíntese, penetrou nas causas das enfermidades, apoiando-se na realidade “transpessoal” do ser como fator desencadeante das mesmas.

Abraão Maslow descobriu a “psicologia do ser” e abriu espaço para o seu entendimento profundo em relação à psicogênese das enfermidades que deterioram a personalidade do homem.

Groff, relacionando a mente com o cérebro, vai mais além e defronta o ser imortal como agente de inúmeras psicopatologias.

O filho do orgulho



O melindre – filho do orgulho – propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral.

Assim, quando o espírita se melindra, julga-se mais importante que o Espiritismo e pretende-se melhor que a própria tarefa libertadora em que se consola e esclarece.

O melindre gera a prevenção negativa, agravando problemas e acentuando dificuldades, ao invés de aboli-los. Essa alergia moral demonstra má-vontade e transpira incoerência, estabelecendo moléstias obscuras nos tecidos sutis da alma.

Evitemos tal sensibilidade de porcelana, que não tem razão de ser.

Basta ligeira observação para encontrá-la a cada passo:

É o diretor que tem a sua proposição refugada e se sente desprestigiado, não mais comparecendo às assembléias.

O médium advertido construtivamente pelo condutor da sessão, quanto à própria educação mediúnica, e que se ressente, fugindo às reuniões.